Até onde vai a falta de integridade de uma sociedade? Até onde podemos ser inconsequentes ou irresponsáveis diante do julgamento de uma pessoa de bem? Buscamos essas respostas 24h por dia. Estamos falando de um cidadão brasileiro chamado Alexandre de Souza Silva, filho da senhora Ivone dona da Estalagem da Ivone --- Escrito pelo colunista: Rafael Santos
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Baiano preso na Inglaterra garante que é inocente
Baiano preso na Inglaterra garante que é inocente
Atualmente há em torno de 3 mil brasileiros presos no Exterior, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores do país. Nessa estatística entra o caso do baiano Alexandre Souza Silva, preso desde março de 2010 na Inglaterra. Após a interferência direta da senadora Lídice da Mata e dos deputados federais Jean Willys e Geraldo Simões, todos da Bahia, o Itamaraty está dando uma atenção prioritária ao caso de Alexandre Souza Silva, de 45 anos, cuja família reside em Porto Seguro.
Acusado inicialmente por tráfico de drogas, Alexandre conseguiu provar sua inocência, mas acabou sendo condenado a 15 anos por conspiração. Posteriormente, ele conseguiu uma redução da pena para 11 anos. Alexandre mora há 22 anos em Londres, onde trabalhava, até ser preso, como comissário de bordo da British Airways. Antes, trabalhou como faxineiro, garçom e cuidador de animais.
Para a professora Sonali Souza Silva, irmã de Alexandre, a prisão dele foi motivada por preconceito. Ela também aponta diversos erros na condução do caso, tanto por parte da polícia quando do juiz Peter Clarke, responsável pelo julgamento. “As provas coletadas na casa de Alexandre, e que comprovam a inocência dele, desapareceram”, diz Sonali. Ela destaca a coragem da senadora Lídice da Mata em entrar no caso para ajudar a defender um brasileiro pobre preso no exterior. A senadora pediu, em regime de urgência, informações ao Ministério das Relações Exteriores relativas Alexandre, o que foi prontamente atendida. No documento, o Itamaraty reforma a inocência do baiano. A família acredita que Alexandre está sendo vítima de preconceito, por ser brasileiro e negro.
A visibilidade que o caso vem obtendo junto ao Congresso e ao governo federal só foi possível graças ao empenho da família de Alexandre, especialmente da irmã e da mãe, dona Ivone. Desde que ele foi preso, Sonali vem coletando assinaturas em um abaixo-assinado que já conta, atualmente, com mais de 20 mil adesões. Ela garante que sua principal luta é para que o irmão tenha um julgamento justo, de preferência na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Mas para isso é preciso que antes se esgotem todos os recursos legais na Inglaterra”, explicou.
A próxima edição impressa do Jornal O Povo publicará uma entrevista exclusiva feita, por e-mail, com Alexandre Silva, na qual ele conta detalhes do momento de sua prisão, critica os erros da Polícia e da Justiça britânica e reitera a esperança de conseguir provar sua inocência.
Por Bárbara Matau
Baiano arrestado en Inglaterra se asegura que es inocente
Baiano arrestado en Inglaterra se asegura que es inocente
En la actualidad hay unos 3.000 brasileños detenidos en el extranjero, de acuerdo con una encuesta realizada por el Ministerio de Asuntos Exteriores del país. En este caso la estadística viene de Bahía Alexandre Souza Silva, encarcelado desde marzo de 2010 en Inglaterra. Después de la intervención directa del senador Lídice da Mata y Jean diputados Willys y Simões Geraldo, toda la Bahía, el Ministerio de Relaciones Exteriores está prestando atención prioritaria en el caso de Alexandre Silva Souza, de 45 años, cuya familia vive en Porto Seguro.
Inicialmente imputado por tráfico de drogas, Alejandro fue capaz de demostrar su inocencia, pero fue condenado a 15 años por conspiración. Más tarde, recibió una sentencia reducida a 11 años. Alejandro vivió durante 22 años en Londres, donde trabajó hasta que fue detenido, como mayordomo de British Airways. Anteriormente, trabajó como portero, camarero y cuidador de los animales.
Para el profesor de Sonali Silva Souza, la hermana de Alejandro, su arresto fue motivado por el prejuicio. También señala varios errores en el desarrollo de las actuaciones, tanto por la policía cuando el juez Peter Clarke, jefe de la prueba. "Las pruebas recogidas en la casa de Alejandro y de probar su inocencia, desapareció", dijo Sonali. Se destaca la valentía del senador Lídice da Mata para entrar en el caso para ayudar a defender a un pobre brasileño arrestado en el extranjero. El senador llamó a una emergencia, la información al Ministerio de Relaciones Exteriores de Alexander, que fue contestada rápidamente. En el documento, la reforma del Ministerio de Relaciones Exteriores de la inocencia de Bahía. La familia cree que Alejandro es víctima de un prejuicio por ser brasileño y negro.
La visibilidad que el caso se está ante el Congreso y el gobierno federal sólo fue posible gracias al compromiso de la familia de Alejandro, especialmente a su hermana y su madre, doña Ivone. Desde que fue arrestado, Sonali ha estado recogiendo firmas en una petición que ya tiene actualmente más de 20 000 adhesiones. Se asegura de que su lucha principal es que el hermano tiene un juicio justo, de preferencia en el Tribunal Europeo de Derechos Humanos. "Pero para eso deben ser agotados antes de todos los recursos legales en Gran Bretaña", dijo.
La próxima edición impresa del diario The People publicó una entrevista exclusiva realizada por e-mail, Alexandre Silva, en el que da detalles del momento de su detención, el autor critica los errores de la policía británica y la Justicia, y reitera la esperanza de probar su inocencia.
Baiano arrested in England ensures that he is innocent
Baiano arrested in England ensures that he is innocent
Currently there are about 3,000 Brazilians arrested abroad, according to a survey by the Ministry of Foreign Affairs of the country. In this case the statistic comes from Bahia Alexandre Souza Silva, imprisoned since March 2010 in England. After the direct interference of Lidice da Mata senator and federal deputies Jean Willys and Geraldo Simões, all of Bahia, the Foreign Ministry is giving priority attention to the case of Alexandre Silva Souza, 45, whose family lives in Porto Seguro.
Initially charged for drug trafficking, Alexander was able to prove his innocence, but was sentenced to 15 years for conspiracy. Later, he got a reduced sentence to 11 years. Alexander lived for 22 years in London, where he worked until he was arrested, as a steward for British Airways. Previously, he worked as a janitor, waiter and caretaker of animals.
For the teacher Sonali Silva Souza, sister of Alexander, his arrest was motivated by prejudice. She also points out several errors in the conduct of the case, both by the police when Judge Peter Clarke, head of the trial. "The evidence collected at the home of Alexander and prove his innocence, disappeared," says Sonali. It highlights the courage of Senator Lidice da Mata to enter the case to help defend a poor Brazilian arrested overseas. The senator called on an emergency basis, information to the Ministry of Foreign Affairs on Alexander, which was promptly answered. In the document, Foreign Ministry reform the innocence of Bahia. The family believes that Alexander is the victim of prejudice for being Brazilian and black.
The visibility that the case is getting to the Congress and the federal government was only possible thanks to the commitment of the family of Alexander, especially his sister and mother, Dona Ivone. Since he was arrested, Sonali has been collecting signatures on a petition that already has currently over 20 000 accessions. It ensures that their main struggle is that the brother has a fair trial, preferably in the European Court of Human Rights. "But for that you must be exhausted before all legal remedies in Britain," he said.
The next print edition of the newspaper The People published an exclusive interview done by e-mail, Alexandre Silva, in which he gives details of the time of his arrest, he criticizes the mistakes of the British Police and Justice and reiterates the hope of proving his innocence.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Baiano preso na Inglaterra garante que é inocente
Baiano preso na Inglaterra garante que é inocente
Atualmente há em torno de 3 mil brasileiros presos no Exterior, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores do país. Nessa estatística entra o caso do baiano Alexandre Souza Silva, preso desde março de 2010 na Inglaterra. Após a interferência direta da senadora Lídice da Mata e dos deputados federais Jean Willys e Geraldo Simões, todos da Bahia, o Itamaraty está dando uma atenção prioritária ao caso de Alexandre Souza Silva, de 45 anos, cuja família reside em Porto Seguro.
Acusado inicialmente por tráfico de drogas, Alexandre conseguiu provar sua inocência, mas acabou sendo condenado a 15 anos por conspiração. Posteriormente, ele conseguiu uma redução da pena para 11 anos. Alexandre mora há 22 anos em Londres, onde trabalhava, até ser preso, como comissário de bordo da British Airways. Antes, trabalhou como faxineiro, garçom e cuidador de animais.
Para a professora Sonali Souza Silva, irmã de Alexandre, a prisão dele foi motivada por preconceito. Ela também aponta diversos erros na condução do caso, tanto por parte da polícia quando do juiz Peter Clarke, responsável pelo julgamento. “As provas coletadas na casa de Alexandre, e que comprovam a inocência dele, desapareceram”, diz Sonali. Ela destaca a coragem da senadora Lídice da Mata em entrar no caso para ajudar a defender um brasileiro pobre preso no exterior. A senadora pediu, em regime de urgência, informações ao Ministério das Relações Exteriores relativas Alexandre, o que foi prontamente atendida. No documento, o Itamaraty reforma a inocência do baiano. A família acredita que Alexandre está sendo vítima de preconceito, por ser brasileiro e negro.
A visibilidade que o caso vem obtendo junto ao Congresso e ao governo federal só foi possível graças ao empenho da família de Alexandre, especialmente da irmã e da mãe, dona Ivone. Desde que ele foi preso, Sonali vem coletando assinaturas em um abaixo-assinado que já conta, atualmente, com mais de 20 mil adesões. Ela garante que sua principal luta é para que o irmão tenha um julgamento justo, de preferência na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Mas para isso é preciso que antes se esgotem todos os recursos legais na Inglaterra”, explicou.
A próxima edição impressa do Jornal O Povo publicará uma entrevista exclusiva feita, por e-mail, com Alexandre Silva, na qual ele conta detalhes do momento de sua prisão, critica os erros da Polícia e da Justiça britânica e reitera a esperança de conseguir provar sua inocência.
Por Bárbara Matau
Atualmente há em torno de 3 mil brasileiros presos no Exterior, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores do país. Nessa estatística entra o caso do baiano Alexandre Souza Silva, preso desde março de 2010 na Inglaterra. Após a interferência direta da senadora Lídice da Mata e dos deputados federais Jean Willys e Geraldo Simões, todos da Bahia, o Itamaraty está dando uma atenção prioritária ao caso de Alexandre Souza Silva, de 45 anos, cuja família reside em Porto Seguro.
Acusado inicialmente por tráfico de drogas, Alexandre conseguiu provar sua inocência, mas acabou sendo condenado a 15 anos por conspiração. Posteriormente, ele conseguiu uma redução da pena para 11 anos. Alexandre mora há 22 anos em Londres, onde trabalhava, até ser preso, como comissário de bordo da British Airways. Antes, trabalhou como faxineiro, garçom e cuidador de animais.
Para a professora Sonali Souza Silva, irmã de Alexandre, a prisão dele foi motivada por preconceito. Ela também aponta diversos erros na condução do caso, tanto por parte da polícia quando do juiz Peter Clarke, responsável pelo julgamento. “As provas coletadas na casa de Alexandre, e que comprovam a inocência dele, desapareceram”, diz Sonali. Ela destaca a coragem da senadora Lídice da Mata em entrar no caso para ajudar a defender um brasileiro pobre preso no exterior. A senadora pediu, em regime de urgência, informações ao Ministério das Relações Exteriores relativas Alexandre, o que foi prontamente atendida. No documento, o Itamaraty reforma a inocência do baiano. A família acredita que Alexandre está sendo vítima de preconceito, por ser brasileiro e negro.
A visibilidade que o caso vem obtendo junto ao Congresso e ao governo federal só foi possível graças ao empenho da família de Alexandre, especialmente da irmã e da mãe, dona Ivone. Desde que ele foi preso, Sonali vem coletando assinaturas em um abaixo-assinado que já conta, atualmente, com mais de 20 mil adesões. Ela garante que sua principal luta é para que o irmão tenha um julgamento justo, de preferência na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Mas para isso é preciso que antes se esgotem todos os recursos legais na Inglaterra”, explicou.
A próxima edição impressa do Jornal O Povo publicará uma entrevista exclusiva feita, por e-mail, com Alexandre Silva, na qual ele conta detalhes do momento de sua prisão, critica os erros da Polícia e da Justiça britânica e reitera a esperança de conseguir provar sua inocência.
Por Bárbara Matau
ALEXANDRE SOUZA SILVA - BAIANO PRESO NA INGLATERRA VIRA PRIORIDADE PARA O ITAMARATY
ALEXANDRE SOUZA SILVA - BAIANO PRESO NA INGLATERRA VIRA PRIORIDADE PARA O ITAMARATY
Por Bárbara Martau/Época Comentários
Atualmente há em torno de 3 mil brasileiros presos no Exterior, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores do país. Nessa estatística entra o caso do baiano Alexandre de Souza Silva, preso desde março de 2010 na Inglaterra.
Após a interferência direta da senadora Lídice da Mata e dos deputados federais Jean Wyllys e Geraldo Simões, o Itamaraty está dando uma atenção prioritária ao caso de Alexandre Souza Silva, de 45 anos, cuja família reside em Porto Seguro.
O baiano mora há 22 anos na Inglaterra e tem cidadania inglesa
Acusado inicialmente por tráfico de drogas, Alexandre acabou sendo condenado a 15 anos por conspiração e depois teve a pena reduzida para 11 anos. O baiano mora há 22 anos na Inglaterra e tem cidadania inglesa. Até ser preso, ele trabalhava havia 12 anos como comissário de bordo da British Airways. Antes, trabalhou como faxineiro, garçom e cuidador de animais.
Para a professora Sonali Souza Silva, irmã de Alexandre, a prisão foi motivada por preconceito. Ela também aponta diversos erros na condução do caso, tanto por parte da polícia quando do juiz Peter Clarke, responsável pelo julgamento.
“As provas coletadas na casa de Alexandre, e que comprovam a inocência dele, desapareceram”, diz Sonali. Ela destaca a coragem da senadora Lídice da Mata em entrar no caso para ajudar a defender um brasileiro pobre preso no exterior.
A senadora pediu, em regime de urgência, informações ao Ministério das Relações Exteriores relativas Alexandre, o que foi prontamente atendida. No documento, o Itamaraty reforça a inocência do baiano. A família acredita que Alexandre está sendo vítima de preconceito por ser brasileiro e negro.
A visibilidade que o caso vem obtendo junto ao Congresso e ao governo federal só foi possível graças ao empenho da família de Alexandre, especialmente da irmã e da mãe, dona Ivone.
Desde que ele foi preso, Sonali vem coletando assinaturas em um abaixo-assinado que já conta com mais de 20 mil adesões. Ela garante que sua principal luta é para que o irmão tenha um julgamento justo, de preferência na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Mas para isso é preciso que antes se esgotem todos os recursos legais na Inglaterra”, explica.
No início de julho, dona Ivone, de 74 anos, retornou da Inglaterra, onde passou três meses para dar apoio emocional ao filho. Nesse período, ela conseguiu acompanhar uma das audiências do caso, em que foi definido o valor a ser pago pelo brasileiro à Justiça britânica a título de confisco. A quantia estipulada foi de 7 mil libras, o equivalente a aproximadamente R$ 18 mil.
Entenda o caso
O drama de Alexandre começou em julho de 2009, quando ele foi preso acusado de tráfico de drogas. Duas semanas antes de ser preso, a fim de economizar dinheiro para enviar à família no Brasil, Alexandre colocou para alugar a casa que ele havia comprado em Londres e passou a morar com um amigo, também brasileiro. Sem que ele soubesse, o amigo vinha sendo investigado pela polícia britânica por suspeita de envolvimento com drogas. Em julho, ao fazer uma revista na casa dos dois brasileiros, os policiais encontraram 20 gramas de droga. Alexandre, que acabava de chegar de uma viagem a serviço da British Airways, foi preso junto com o colega de casa.
O baiano passou por exames laboratoriais e teve seus sigilos bancário e telefônico quebrados, mas a polícia não encontrou nada que pudesse incriminá-lo. Apesar disso, permaneceu preso do dia 6 de julho até 20 de novembro de 2009, quando passou a aguardar o julgamento em liberdade.
Por falta de provas, no dia 24 de fevereiro de 2010 a justiça britânica retirou a acusação de tráfico de drogas, mas o acusou de conspiração. No mês seguinte, em março, saiu a sentença do juiz Peter Clarke condenando o baiano a 15 anos de prisão.
Após a sentença, o amigo de Alexandre assumiu toda a culpa sobre o flagrante com drogas, em uma carta escrita à Corte britânica, reforçando a inocência do baiano.
No dia 20 de janeiro de 2011, em uma nova audiência na Corte, o brasileiro teve a pena reduzida para 11 anos, o que, ainda assim, é considerada alta demais para esse tipo de crime na Inglaterra.
Atualmente há em torno de 3 mil brasileiros presos no Exterior, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores do país. Nessa estatística entra o caso do baiano Alexandre de Souza Silva, preso desde março de 2010 na Inglaterra.
Após a interferência direta da senadora Lídice da Mata e dos deputados federais Jean Wyllys e Geraldo Simões, o Itamaraty está dando uma atenção prioritária ao caso de Alexandre Souza Silva, de 45 anos, cuja família reside em Porto Seguro.
O baiano mora há 22 anos na Inglaterra e tem cidadania inglesa
Acusado inicialmente por tráfico de drogas, Alexandre acabou sendo condenado a 15 anos por conspiração e depois teve a pena reduzida para 11 anos. O baiano mora há 22 anos na Inglaterra e tem cidadania inglesa. Até ser preso, ele trabalhava havia 12 anos como comissário de bordo da British Airways. Antes, trabalhou como faxineiro, garçom e cuidador de animais.
Para a professora Sonali Souza Silva, irmã de Alexandre, a prisão foi motivada por preconceito. Ela também aponta diversos erros na condução do caso, tanto por parte da polícia quando do juiz Peter Clarke, responsável pelo julgamento.
“As provas coletadas na casa de Alexandre, e que comprovam a inocência dele, desapareceram”, diz Sonali. Ela destaca a coragem da senadora Lídice da Mata em entrar no caso para ajudar a defender um brasileiro pobre preso no exterior.
A senadora pediu, em regime de urgência, informações ao Ministério das Relações Exteriores relativas Alexandre, o que foi prontamente atendida. No documento, o Itamaraty reforça a inocência do baiano. A família acredita que Alexandre está sendo vítima de preconceito por ser brasileiro e negro.
A visibilidade que o caso vem obtendo junto ao Congresso e ao governo federal só foi possível graças ao empenho da família de Alexandre, especialmente da irmã e da mãe, dona Ivone.
Desde que ele foi preso, Sonali vem coletando assinaturas em um abaixo-assinado que já conta com mais de 20 mil adesões. Ela garante que sua principal luta é para que o irmão tenha um julgamento justo, de preferência na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Mas para isso é preciso que antes se esgotem todos os recursos legais na Inglaterra”, explica.
No início de julho, dona Ivone, de 74 anos, retornou da Inglaterra, onde passou três meses para dar apoio emocional ao filho. Nesse período, ela conseguiu acompanhar uma das audiências do caso, em que foi definido o valor a ser pago pelo brasileiro à Justiça britânica a título de confisco. A quantia estipulada foi de 7 mil libras, o equivalente a aproximadamente R$ 18 mil.
Entenda o caso
O drama de Alexandre começou em julho de 2009, quando ele foi preso acusado de tráfico de drogas. Duas semanas antes de ser preso, a fim de economizar dinheiro para enviar à família no Brasil, Alexandre colocou para alugar a casa que ele havia comprado em Londres e passou a morar com um amigo, também brasileiro. Sem que ele soubesse, o amigo vinha sendo investigado pela polícia britânica por suspeita de envolvimento com drogas. Em julho, ao fazer uma revista na casa dos dois brasileiros, os policiais encontraram 20 gramas de droga. Alexandre, que acabava de chegar de uma viagem a serviço da British Airways, foi preso junto com o colega de casa.
O baiano passou por exames laboratoriais e teve seus sigilos bancário e telefônico quebrados, mas a polícia não encontrou nada que pudesse incriminá-lo. Apesar disso, permaneceu preso do dia 6 de julho até 20 de novembro de 2009, quando passou a aguardar o julgamento em liberdade.
Por falta de provas, no dia 24 de fevereiro de 2010 a justiça britânica retirou a acusação de tráfico de drogas, mas o acusou de conspiração. No mês seguinte, em março, saiu a sentença do juiz Peter Clarke condenando o baiano a 15 anos de prisão.
Após a sentença, o amigo de Alexandre assumiu toda a culpa sobre o flagrante com drogas, em uma carta escrita à Corte britânica, reforçando a inocência do baiano.
No dia 20 de janeiro de 2011, em uma nova audiência na Corte, o brasileiro teve a pena reduzida para 11 anos, o que, ainda assim, é considerada alta demais para esse tipo de crime na Inglaterra.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Porto-segurense preso na Inglaterra consegue novo julgamento
O porto-segurense Alexandre de Souza Silva, de 44 anos, que está preso desde março em Londres, acusado de conspiração, conseguiu a primeira vitória desde que foi condenado injustamente. Após muita luta, e com apoio do Itamaraty e do governo brasileiro, a família dele conseguiu que fosse marcado um novo julgamento na Corte inglesa. A data definida foi 20 de janeiro de 2011.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil em Londres está acompanhando o caso. Representantes da chancelaria brasileira visitaram o porto-segurense na prisão e estão dando a apoio necessário a ele, garante a irmã de Alexandre, a professora Sonali de Souza Silva, que encabeça a luta para que ele tenha um julgamento justo. Além disso, a advogada de defesa de Alexandre na Inglaterra recebeu o abaixo-assinado feito pela família dele com mais de 4 mil assinaturas. A irmã de Alexandre ressalta que continua buscando assinaturas e aproveita para agradecer o apoio que tem recebido da comunidade de Porto Seguro. “É emocionante o apoio e a solidariedade do povo de Porto Seguro. Pessoas na Itália também estão tentando ajudar”, adianta.
O próximo passo é buscar em Brasília apoio oficial, não só do governo federal mas também do Congresso. “O resultado do julgamento depende do apoio do governo brasileiro. Além disso, se o povo da Inglaterra aderir à causa, crescem as chances de reverter o resultado do julgamento. Muitas pessoas da Inglaterra já estão se mobilizando para o novo julgamento”, acrescentou. “Acredito no nosso governo e tenho certeza de que vai dar todo o apoio possível”, disse. Em novembro, Sonali recebeu resposta do gabinete da Presidência da República dando conta de que a mensagem dela endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia sido encaminhada à Assessoria Especial de Política Externa/PR para análise e eventuais providências.
Apesar de haver sido marcado um novo julgamento na Inglaterra, ela ressalta que continuará lutando para que seu irmão seja julgado na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Eu também estou acionando os Direitos Humanos no Brasil porque, no caso do meu irmão, claramente existe discriminação, por ele ser brasileiro, moreno, pois não existe prova conclusiva contra ele”, afirmou. “A justiça britânica sabe que Alexandre é inocente, mas não quer admitir para não ter de pedir desculpa”, diz Sonali.
O drama de Alexandre e da família dele começou em julho de 2009, quando ele foi preso acusado de tráfico de drogas. A droga, na verdade, pertencia Júlio, outro brasileiro com quem Alexandre dividia a casa em Londres. Exames laboratoriais comprovaram que o porto-segurense não tinha envolvimento com drogas. Apesar disso, Alexandre permaneceu preso do dia 6 de julho até 20 de novembro de 2009, quando passou a aguardar o julgamento em liberdade.
Por falta de provas, no dia 24 de fevereiro deste ano a justiça britânica retirou a acusação de tráfico de drogas contra ele, mas o acusou de conspiração contra ingleses. Em março saiu a sentença do juiz Peter Clarke condenando o baiano a 15 anos de prisão. Após a condenação de Alexandre, Júlio assumiu toda a culpa sobre o flagrante com drogas, reforçando a inocência do baiano.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil em Londres está acompanhando o caso. Representantes da chancelaria brasileira visitaram o porto-segurense na prisão e estão dando a apoio necessário a ele, garante a irmã de Alexandre, a professora Sonali de Souza Silva, que encabeça a luta para que ele tenha um julgamento justo. Além disso, a advogada de defesa de Alexandre na Inglaterra recebeu o abaixo-assinado feito pela família dele com mais de 4 mil assinaturas. A irmã de Alexandre ressalta que continua buscando assinaturas e aproveita para agradecer o apoio que tem recebido da comunidade de Porto Seguro. “É emocionante o apoio e a solidariedade do povo de Porto Seguro. Pessoas na Itália também estão tentando ajudar”, adianta.
O próximo passo é buscar em Brasília apoio oficial, não só do governo federal mas também do Congresso. “O resultado do julgamento depende do apoio do governo brasileiro. Além disso, se o povo da Inglaterra aderir à causa, crescem as chances de reverter o resultado do julgamento. Muitas pessoas da Inglaterra já estão se mobilizando para o novo julgamento”, acrescentou. “Acredito no nosso governo e tenho certeza de que vai dar todo o apoio possível”, disse. Em novembro, Sonali recebeu resposta do gabinete da Presidência da República dando conta de que a mensagem dela endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia sido encaminhada à Assessoria Especial de Política Externa/PR para análise e eventuais providências.
Apesar de haver sido marcado um novo julgamento na Inglaterra, ela ressalta que continuará lutando para que seu irmão seja julgado na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Eu também estou acionando os Direitos Humanos no Brasil porque, no caso do meu irmão, claramente existe discriminação, por ele ser brasileiro, moreno, pois não existe prova conclusiva contra ele”, afirmou. “A justiça britânica sabe que Alexandre é inocente, mas não quer admitir para não ter de pedir desculpa”, diz Sonali.
O drama de Alexandre e da família dele começou em julho de 2009, quando ele foi preso acusado de tráfico de drogas. A droga, na verdade, pertencia Júlio, outro brasileiro com quem Alexandre dividia a casa em Londres. Exames laboratoriais comprovaram que o porto-segurense não tinha envolvimento com drogas. Apesar disso, Alexandre permaneceu preso do dia 6 de julho até 20 de novembro de 2009, quando passou a aguardar o julgamento em liberdade.
Por falta de provas, no dia 24 de fevereiro deste ano a justiça britânica retirou a acusação de tráfico de drogas contra ele, mas o acusou de conspiração contra ingleses. Em março saiu a sentença do juiz Peter Clarke condenando o baiano a 15 anos de prisão. Após a condenação de Alexandre, Júlio assumiu toda a culpa sobre o flagrante com drogas, reforçando a inocência do baiano.
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