Até onde vai a falta de integridade de uma sociedade? Até onde podemos ser inconsequentes ou irresponsáveis diante do julgamento de uma pessoa de bem? Buscamos essas respostas 24h por dia. Estamos falando de um cidadão brasileiro chamado Alexandre de Souza Silva, filho da senhora Ivone dona da Estalagem da Ivone --- Escrito pelo colunista: Rafael Santos
segunda-feira, 15 de julho de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
domingo, 20 de maio de 2012
Dia das Mães: Dona Ivone é exemplo de força e perseverança na luta pela libertação do filho
Dia das Mães: Dona Ivone é exemplo de força e perseverança na luta pela
libertação do filho
O Povo News/Bárbara Martau
Desde que seu filho foi preso, em julho de 2009, que o Dia das Mães
passou a ser um momento de tristeza para dona Ivone Sousa Silva. “Desde o dia
que soube que ele estava preso mudou tudo na minha vida. Acabou a felicidade e
alegria que eu tinha de viver. Não tenho vontade nem de fazer as coisas
simples como ver uma novela, um jornal, escutar uma música”, afirma dona Ivone,
de 75 anos, moradora de Porto Seguro.
Agora o Dia das Mães viu sinônimo de tristeza e saudade para ela. “Em
datas como Dias das Mães, Natal, Ano Novo, aniversário, eu não faço mais nada,
eu sofro muito, penso muito no meu filho, choro e oro muito por ele. Imploro a
Jesus que no próximo Dia das Mães o meu filho esteja conosco”, revela a mãe de
Alexandre de Sousa Silva, de 46 anos, que cumpre pena de 11 anos na Inglaterra,
acusado de tráfico de drogas e conspiração para o tráfico.
Ao contar o que sentiu ao receber a notícia que mudaria a sua vida, ela
diz que pensou ser algum engano da política britânica. Mas como toda mãe que
ama e conhece seus filhos, em nenhum momento ela duvidou da inocência de
Alexandre. “Jamais pensei que meu filho tivesse feito algo errado. Porque eu
conheço o meu filho, sei o caráter dele, sei a pessoa que ele é”, destaca.
Reflexos na saúde física e financeira
A devastadora notícia da prisão de Alexandre também contribuiu para a
piora da saúde de dona Ivone, principalmente as doenças de fundo emocional,
como as úlceras nas pernas que praticamente a impedem de andar. As condições
financeiras da família também sofreram um duro revés, já que Alexandre
costumava mandar dinheiro para ajudar nas despesas. “A gente recebia uma boa
ajuda. Ele mandava dinheiro para pagamento do convênio médico, para ter uma
alimentação e uma vida melhor, porque o dinheiro da minha filha só não era
suficiente, e a pousada que eu mantinha não rendia nada”, relata.
Sem o reforço mensal enviado pelo filho, dona Ivone foi obrigada a
cancelar o convênio médico e mal tinha dinheiro para comprar os remédios. Mas
com a força que ela demonstrou ter durante toda a vida para criar sozinha os
dois filhos, além da filha adotiva, dona Ivone tenta superar mais esse momento
difícil, pois sabe que é preciso estar bem para receber o filho quando ele foi
solto. “Não gosto de pensar no que meu filho passou e está passando para não
sofrer muito, porque quanto mais eu sofro mais as pernas pioram. E eu quero
estar viva quando meu filho sair da prisão”, afirma ela, conhecida em Porto
Seguro pelas ações solidárias em prol das crianças carentes.
Ida à Inglaterra
Em abril de 2011, dona Ivone esteve na Inglaterra para visitar o filho,
depois de mais de dois anos sem vê-lo pessoalmente. E ali ela mostrou mais uma
vez a força que as mães costumam adquirir quando se trata de seus filhos. Aos
74 anos, caminhando com auxílio de bengala e sem falar inglês, ela enfrentou
dificuldades logo na chegada Inglaterra, quando teve de esperar mais de 3 horas
no serviço de imigração, em uma cadeira de rodas, sem receber sequer um copo
d’água e sem acesso a banheiro.
Instalada em Londres, viajava três horas para visitar Alexandre na
prisão onde ele estava detido, em Nottingham, Norte da Inglaterra. Pegava
quatro trens e mais um táxi para chegar lá, e após a visita, que durava no
máximo três horas, enfrentava outras longas horas para voltar a Londres.
Isso tudo sozinha e sem falar inglês, o que lhe rendeu alguns momentos
de sufoco – quando se perdeu em uma das estações ou quando não conseguiu
desembarcar a tempo e teve que descer na estação seguinte, desperdiçando
preciosas horas do restrito tempo de visita.
Durante a estada na Inglaterra, dona Ivone pode passar o Dia das Mães
com o filho, já que na Inglaterra a data é comemorada no quarto domingo da
Quaresma. Na ocaisão, ela recebeu de presente um urso de pelúcia feito pelo
próprio Alexandre. Ela também acompanhou a audiência na Corte judicial em que
foi estipulada a quantia do confisco (espécie de multa) a ser pago por
Alexandre ao governo britânico.
Alexandre se fortalece com carinho recebido da mãe
A força e o carinho de dona Ivone, que nunca desacreditou do filho,
servem como importante suporte emocional para Alexandre, que tem na mãe um
exemplo de superação. “Minha mãe foi um exemplo de força, de perseverança, de
amor e de força que eu preciso ter para superar tudo isso que estou passando.
Ela é a minha inspiração”, afirma. “Graças a Deus eu tenho a mãe que tenho e,
com fé, no próximo Dia das Mães estarei com ela”, ressalta.
Ele lembra os piores momentos e diz que tem na mãe um motivo para se
manter firme. “Passei por maus momentos no início. Ficava horas olhando para o
vazio e pensando se não estava tendo um pesadelo, porque não acreditava que
estava em uma prisão. Hoje em dia estou mais conformado, e o que me seguro é
minha fé em Deus e o exemplo de minha mãe. Ela é um exemplo de força, de
perseverança, por isso eu não posso deixar a peteca cair”, revela.
Alexandre aproveita para mandar um recado às mães e filhos. “A todas as
mães que têm seus filhos passando por algum momento difícil ou em situação parecida
com a minha, não percam a esperança. E aos filhos, que deem valor a suas mães,
que são a coisa mais preciosa que tem nesse mundo.”
Transferência de prisão
Em março, o porto-segurense Alexandre de Sousa Silva foi transferido da
prisão em Nottingham para um centro de detenção em Londres, onde passou a
ocupar um cargo de confiança. Após ser entrevistado pelo diretor da prisão
londrina, ele foi escolhido para trabalhar na recepção dos presos que chegam ao
centro de detenção. “Eu falo quatro idiomas, então ajudo na tradução
quando chega algum prisioneiro que não fala inglês. Também sou responsável,
junto com mais três colegas internos, por orientar os novos detentos sobre o
funcionamento e a rotina do presídio”, conta Alexandre. “Enquanto todos os
demais presos estão trancados, eu e os outros três internos podemos andar
livremente pela prisão, sem acompanhamento de oficiais”, explica.
Trabalho reconhecido
Recentemente, ele teve o trabalho reconhecido e elogiado pelo diretor do
centro de detenção. “Ele me deu parabéns e agradeceu pelo trabalho que eu e
meus colegas estamos fazendo.” Segundo Alexandre, a posição privilegiada que
ocupa hoje é consequência da pessoa que ele é. “Não sou drogado e não sou
criminoso. Eu falo a todos que estou pagando por um crime que não cometi”,
revela, reiterando sua inocência.
“Aprendi que você pode estar no fundo do poço, na sarjeta, mas nunca
pode perder o seu respeito, a sua moral e a sua compostura. Eles podem ter
tirado tudo de mim – perdi minha casa, perdi meu trabalho, perdi tudo, mas a
minha compostura, o meu caráter e a minha honra eles não tiram de mim”, ensina.
Para Alexandre, o cargo de confiança que assumiu, e que reflete seu
comportamento exemplar, não irá lhe tirar da prisão, mas certamente vai ajudar
caso ele consiga obter a apelação na Corte britânica visando limpar seu nome.
“Para um futuro apelo tudo isso vai pesar, porque o juiz verá como foi a minha
conduta na cadeia”, observou. Além de trabalhar, o porto-segurense também está
fazendo um curso, o que acaba lhe ocupando o restante do tempo na prisão.
Proximidade dos amigos
A transferência para o centro de detenção na capital britânica permitiu
que o porto-segurense ficasse mais perto da prima, dos amigos e também do
auxiliar consular do Brasil na Inglaterra, Vanilson Pereira, que tem sido
incansável em prestar apoio do Itamaraty desde que o brasileiro foi condenado.
Advogado analisa o caso
Enquanto Alexandre ocupa seu tempo trabalhando e estudando, o caso dele
está sendo analisado por um advogado em Londres, que busca uma forma de
conseguir uma apelação. “Estou com fé que esse advogado vai conseguir alguma
coisa”, afirma Alexandre, ressaltando que, para ele, não basta ser libertado –
ele quer provar sua inocência e limpar seu nome.
No Brasil, depois de ter obtido apoio de um grande número de
parlamentares no Congresso Nacional, a família de Alexandre recebeu, na última
semana, uma carta do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff informando
que o caso foi encaminhado à Assessoria Especial de Política Externa para
eventuais providências.
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pense em sua responsabilidade
e compromisso
com a NATUREZA.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Baiano preso na Inglaterra garante que é inocente
Baiano preso na Inglaterra garante que é inocente
Atualmente há em torno de 3 mil brasileiros presos no Exterior, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores do país. Nessa estatística entra o caso do baiano Alexandre Souza Silva, preso desde março de 2010 na Inglaterra. Após a interferência direta da senadora Lídice da Mata e dos deputados federais Jean Willys e Geraldo Simões, todos da Bahia, o Itamaraty está dando uma atenção prioritária ao caso de Alexandre Souza Silva, de 45 anos, cuja família reside em Porto Seguro.
Acusado inicialmente por tráfico de drogas, Alexandre conseguiu provar sua inocência, mas acabou sendo condenado a 15 anos por conspiração. Posteriormente, ele conseguiu uma redução da pena para 11 anos. Alexandre mora há 22 anos em Londres, onde trabalhava, até ser preso, como comissário de bordo da British Airways. Antes, trabalhou como faxineiro, garçom e cuidador de animais.
Para a professora Sonali Souza Silva, irmã de Alexandre, a prisão dele foi motivada por preconceito. Ela também aponta diversos erros na condução do caso, tanto por parte da polícia quando do juiz Peter Clarke, responsável pelo julgamento. “As provas coletadas na casa de Alexandre, e que comprovam a inocência dele, desapareceram”, diz Sonali. Ela destaca a coragem da senadora Lídice da Mata em entrar no caso para ajudar a defender um brasileiro pobre preso no exterior. A senadora pediu, em regime de urgência, informações ao Ministério das Relações Exteriores relativas Alexandre, o que foi prontamente atendida. No documento, o Itamaraty reforma a inocência do baiano. A família acredita que Alexandre está sendo vítima de preconceito, por ser brasileiro e negro.
A visibilidade que o caso vem obtendo junto ao Congresso e ao governo federal só foi possível graças ao empenho da família de Alexandre, especialmente da irmã e da mãe, dona Ivone. Desde que ele foi preso, Sonali vem coletando assinaturas em um abaixo-assinado que já conta, atualmente, com mais de 20 mil adesões. Ela garante que sua principal luta é para que o irmão tenha um julgamento justo, de preferência na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Mas para isso é preciso que antes se esgotem todos os recursos legais na Inglaterra”, explicou.
A próxima edição impressa do Jornal O Povo publicará uma entrevista exclusiva feita, por e-mail, com Alexandre Silva, na qual ele conta detalhes do momento de sua prisão, critica os erros da Polícia e da Justiça britânica e reitera a esperança de conseguir provar sua inocência.
Por Bárbara Matau
Baiano arrestado en Inglaterra se asegura que es inocente
Baiano arrestado en Inglaterra se asegura que es inocente
En la actualidad hay unos 3.000 brasileños detenidos en el extranjero, de acuerdo con una encuesta realizada por el Ministerio de Asuntos Exteriores del país. En este caso la estadística viene de Bahía Alexandre Souza Silva, encarcelado desde marzo de 2010 en Inglaterra. Después de la intervención directa del senador Lídice da Mata y Jean diputados Willys y Simões Geraldo, toda la Bahía, el Ministerio de Relaciones Exteriores está prestando atención prioritaria en el caso de Alexandre Silva Souza, de 45 años, cuya familia vive en Porto Seguro.
Inicialmente imputado por tráfico de drogas, Alejandro fue capaz de demostrar su inocencia, pero fue condenado a 15 años por conspiración. Más tarde, recibió una sentencia reducida a 11 años. Alejandro vivió durante 22 años en Londres, donde trabajó hasta que fue detenido, como mayordomo de British Airways. Anteriormente, trabajó como portero, camarero y cuidador de los animales.
Para el profesor de Sonali Silva Souza, la hermana de Alejandro, su arresto fue motivado por el prejuicio. También señala varios errores en el desarrollo de las actuaciones, tanto por la policía cuando el juez Peter Clarke, jefe de la prueba. "Las pruebas recogidas en la casa de Alejandro y de probar su inocencia, desapareció", dijo Sonali. Se destaca la valentía del senador Lídice da Mata para entrar en el caso para ayudar a defender a un pobre brasileño arrestado en el extranjero. El senador llamó a una emergencia, la información al Ministerio de Relaciones Exteriores de Alexander, que fue contestada rápidamente. En el documento, la reforma del Ministerio de Relaciones Exteriores de la inocencia de Bahía. La familia cree que Alejandro es víctima de un prejuicio por ser brasileño y negro.
La visibilidad que el caso se está ante el Congreso y el gobierno federal sólo fue posible gracias al compromiso de la familia de Alejandro, especialmente a su hermana y su madre, doña Ivone. Desde que fue arrestado, Sonali ha estado recogiendo firmas en una petición que ya tiene actualmente más de 20 000 adhesiones. Se asegura de que su lucha principal es que el hermano tiene un juicio justo, de preferencia en el Tribunal Europeo de Derechos Humanos. "Pero para eso deben ser agotados antes de todos los recursos legales en Gran Bretaña", dijo.
La próxima edición impresa del diario The People publicó una entrevista exclusiva realizada por e-mail, Alexandre Silva, en el que da detalles del momento de su detención, el autor critica los errores de la policía británica y la Justicia, y reitera la esperanza de probar su inocencia.
Baiano arrested in England ensures that he is innocent
Baiano arrested in England ensures that he is innocent
Currently there are about 3,000 Brazilians arrested abroad, according to a survey by the Ministry of Foreign Affairs of the country. In this case the statistic comes from Bahia Alexandre Souza Silva, imprisoned since March 2010 in England. After the direct interference of Lidice da Mata senator and federal deputies Jean Willys and Geraldo Simões, all of Bahia, the Foreign Ministry is giving priority attention to the case of Alexandre Silva Souza, 45, whose family lives in Porto Seguro.
Initially charged for drug trafficking, Alexander was able to prove his innocence, but was sentenced to 15 years for conspiracy. Later, he got a reduced sentence to 11 years. Alexander lived for 22 years in London, where he worked until he was arrested, as a steward for British Airways. Previously, he worked as a janitor, waiter and caretaker of animals.
For the teacher Sonali Silva Souza, sister of Alexander, his arrest was motivated by prejudice. She also points out several errors in the conduct of the case, both by the police when Judge Peter Clarke, head of the trial. "The evidence collected at the home of Alexander and prove his innocence, disappeared," says Sonali. It highlights the courage of Senator Lidice da Mata to enter the case to help defend a poor Brazilian arrested overseas. The senator called on an emergency basis, information to the Ministry of Foreign Affairs on Alexander, which was promptly answered. In the document, Foreign Ministry reform the innocence of Bahia. The family believes that Alexander is the victim of prejudice for being Brazilian and black.
The visibility that the case is getting to the Congress and the federal government was only possible thanks to the commitment of the family of Alexander, especially his sister and mother, Dona Ivone. Since he was arrested, Sonali has been collecting signatures on a petition that already has currently over 20 000 accessions. It ensures that their main struggle is that the brother has a fair trial, preferably in the European Court of Human Rights. "But for that you must be exhausted before all legal remedies in Britain," he said.
The next print edition of the newspaper The People published an exclusive interview done by e-mail, Alexandre Silva, in which he gives details of the time of his arrest, he criticizes the mistakes of the British Police and Justice and reiterates the hope of proving his innocence.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Baiano preso na Inglaterra garante que é inocente
Baiano preso na Inglaterra garante que é inocente
Atualmente há em torno de 3 mil brasileiros presos no Exterior, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores do país. Nessa estatística entra o caso do baiano Alexandre Souza Silva, preso desde março de 2010 na Inglaterra. Após a interferência direta da senadora Lídice da Mata e dos deputados federais Jean Willys e Geraldo Simões, todos da Bahia, o Itamaraty está dando uma atenção prioritária ao caso de Alexandre Souza Silva, de 45 anos, cuja família reside em Porto Seguro.
Acusado inicialmente por tráfico de drogas, Alexandre conseguiu provar sua inocência, mas acabou sendo condenado a 15 anos por conspiração. Posteriormente, ele conseguiu uma redução da pena para 11 anos. Alexandre mora há 22 anos em Londres, onde trabalhava, até ser preso, como comissário de bordo da British Airways. Antes, trabalhou como faxineiro, garçom e cuidador de animais.
Para a professora Sonali Souza Silva, irmã de Alexandre, a prisão dele foi motivada por preconceito. Ela também aponta diversos erros na condução do caso, tanto por parte da polícia quando do juiz Peter Clarke, responsável pelo julgamento. “As provas coletadas na casa de Alexandre, e que comprovam a inocência dele, desapareceram”, diz Sonali. Ela destaca a coragem da senadora Lídice da Mata em entrar no caso para ajudar a defender um brasileiro pobre preso no exterior. A senadora pediu, em regime de urgência, informações ao Ministério das Relações Exteriores relativas Alexandre, o que foi prontamente atendida. No documento, o Itamaraty reforma a inocência do baiano. A família acredita que Alexandre está sendo vítima de preconceito, por ser brasileiro e negro.
A visibilidade que o caso vem obtendo junto ao Congresso e ao governo federal só foi possível graças ao empenho da família de Alexandre, especialmente da irmã e da mãe, dona Ivone. Desde que ele foi preso, Sonali vem coletando assinaturas em um abaixo-assinado que já conta, atualmente, com mais de 20 mil adesões. Ela garante que sua principal luta é para que o irmão tenha um julgamento justo, de preferência na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Mas para isso é preciso que antes se esgotem todos os recursos legais na Inglaterra”, explicou.
A próxima edição impressa do Jornal O Povo publicará uma entrevista exclusiva feita, por e-mail, com Alexandre Silva, na qual ele conta detalhes do momento de sua prisão, critica os erros da Polícia e da Justiça britânica e reitera a esperança de conseguir provar sua inocência.
Por Bárbara Matau
Atualmente há em torno de 3 mil brasileiros presos no Exterior, de acordo com levantamento do Ministério das Relações Exteriores do país. Nessa estatística entra o caso do baiano Alexandre Souza Silva, preso desde março de 2010 na Inglaterra. Após a interferência direta da senadora Lídice da Mata e dos deputados federais Jean Willys e Geraldo Simões, todos da Bahia, o Itamaraty está dando uma atenção prioritária ao caso de Alexandre Souza Silva, de 45 anos, cuja família reside em Porto Seguro.
Acusado inicialmente por tráfico de drogas, Alexandre conseguiu provar sua inocência, mas acabou sendo condenado a 15 anos por conspiração. Posteriormente, ele conseguiu uma redução da pena para 11 anos. Alexandre mora há 22 anos em Londres, onde trabalhava, até ser preso, como comissário de bordo da British Airways. Antes, trabalhou como faxineiro, garçom e cuidador de animais.
Para a professora Sonali Souza Silva, irmã de Alexandre, a prisão dele foi motivada por preconceito. Ela também aponta diversos erros na condução do caso, tanto por parte da polícia quando do juiz Peter Clarke, responsável pelo julgamento. “As provas coletadas na casa de Alexandre, e que comprovam a inocência dele, desapareceram”, diz Sonali. Ela destaca a coragem da senadora Lídice da Mata em entrar no caso para ajudar a defender um brasileiro pobre preso no exterior. A senadora pediu, em regime de urgência, informações ao Ministério das Relações Exteriores relativas Alexandre, o que foi prontamente atendida. No documento, o Itamaraty reforma a inocência do baiano. A família acredita que Alexandre está sendo vítima de preconceito, por ser brasileiro e negro.
A visibilidade que o caso vem obtendo junto ao Congresso e ao governo federal só foi possível graças ao empenho da família de Alexandre, especialmente da irmã e da mãe, dona Ivone. Desde que ele foi preso, Sonali vem coletando assinaturas em um abaixo-assinado que já conta, atualmente, com mais de 20 mil adesões. Ela garante que sua principal luta é para que o irmão tenha um julgamento justo, de preferência na Corte Europeia dos Direitos Humanos. “Mas para isso é preciso que antes se esgotem todos os recursos legais na Inglaterra”, explicou.
A próxima edição impressa do Jornal O Povo publicará uma entrevista exclusiva feita, por e-mail, com Alexandre Silva, na qual ele conta detalhes do momento de sua prisão, critica os erros da Polícia e da Justiça britânica e reitera a esperança de conseguir provar sua inocência.
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